terça-feira, 26 de julho de 2011

“Os Domingos Precisam de Feriados"

Este texto ministrou tanto ao meu coração, que compartilho com vocês:

Toda sexta-feira à noite começa o shabat para a tradição judaica. Shabat é o conceito que propõe descanso ao final do ciclo semanal de produção, inspirado no descanso divino, no sétimo dia da Criação.

Muito além de uma proposta trabalhista, entendemos a pausa como fundamental para a saúde de tudo o que é vivo. A noite é pausa, o inverno é pausa, mesmo a morte é
pausa. Onde não há pausa, a vida lentamente se extingue.

Para um mundo no qual funcionar 24 horas por dia parece não ser suficiente, onde o meio ambiente e a terra imploram por uma folga, onde nós mesmos não suportamos mais a falta de tempo, descansar se torna uma necessidade do planeta.

Hoje, o tempo de ‘pausa’ é preenchido por diversão e alienação. Lazer não é feito de descanso, mas de ocupações ‘para não nos ocuparmos’. A própria palavra entretenimento indica o desejo de não parar. E a incapacidade de parar é uma forma de depressão.

O mundo está deprimido e a indústria do entretenimento cresce nessas condições. Nossas cidades se parecem cada vez mais com a Disneylândia. Longas filas para aproveitar experiências pouco interativas. Fim de dia com gosto de vazio. Um divertido que não é nem bom nem ruim. Dia pronto para ser esquecido, não fossem as fotos e a memória de uma expectativa frustrada que ninguém revela para não dar o gostinho ao próximo.

Entramos no milênio num mundo que é um grande shopping. A Internet e a televisão não dormem. Não há mais insônia solitária; solitário é quem dorme. As bolsas do Ocidente e do Oriente se revezam fazendo do ganhar e perder, das informações e dos rumores, atividade incessante. A CNN inventou um tempo linear que só pode parar no fim.

Mas as paradas estão por toda a caminhada e por todo o processo. Sem acostamento, a vida parece fluir mais rápida e eficiente, mas ao custo fóbico de uma paisagem que passa. O futuro é tão rápido que se confunde com o presente. As montanhas estão com olheiras, os rios precisam de um bom banho, as cidades de uma cochilada, o mar de umas férias, o domingo de um feriado…

Nossos namorados querem ‘ficar’, trocando o ‘ser’ pelo ‘estar’. Saímos da escravidão do século XIX para o leasing do século XXI – um dia seremos nossos?

Quem tem tempo não é sério, quem não tem tempo é importante. Nunca fizemos tanto e realizamos tão pouco. Nunca tantos fizeram tanto por tão poucos…

Parar não é interromper. Muitas vezes continuar é que é uma interrupção. O dia de não trabalhar não é o dia de se distrair – literalmente, ficar desatento. É um dia de atenção, de ser atencioso consigo e com sua vida. A pergunta que as pessoas se fazem no descanso é ‘o que vamos fazer hoje?’ – já marcada pela ansiedade. E sonhamos com uma longevidade de 120 anos, quando não sabemos o que fazer numa tarde de Domingo.

Quem ganha tempo, por definição, perde. Quem mata tempo, fere-se mortalmente. É este o grande ‘radical livre’ que envelhece nossa alegria – o sonho de fazer do tempo uma mercadoria.

Em tempos de novo milênio, vamos resgatar coisas que são milenares. A pausa é que traz a surpresa e não o que vem depois. A pausa é que dá sentido à caminhada. A prática espiritual deste milênio será viver as pausas. Não haverá maior sábio do que aquele que souber quando algo terminou e quando algo vai começar.

Afinal, por que o Criador descansou? Talvez porque, mais difícil do que iniciar um processo do nada, seja dá-lo como concluído.

Rabino Nilton Bonder”

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tudo coopera pra o bem...




“Ouve, ó DEUS, a minha súplica, atende a minha oração; desde os confins da terra clamo por ti, no ABATIMENTO do meu coração. Leva-me para a ROCHA que é mais alta que eu”.” Salmo 61.1-2


É essa a palavra que ecoa em meu coração quando lembro-me da viagem que fiz nesses ultimos dias!
E eu que pensei que sairia a dencanço, após um ano de muita pressão e cansaço pscicologico em meu local de trabalho!
Mas foi bem oposto! E mesmo assim, pude contemplar o cuidado de Deus agindo em meu favor nas pequenas e grandes coisas!

Sai no dia 07, rumo a Goiânia, pra ser padrinho do casamento de uma amiga/irmã.
Ali, fui calorosamente recebido por um casal de pastores que me hospedaram com tanto apreço!
E após alguns dias ali, percebi que alguns detalhes me impediriam de ir até o Sudeste pra ver parte da minha familia, como eu havia planejado!
E apesar de compreender que Deus tinha um propósito nessa viajem, o meu coração de humano me impedia de crer!
Foi então que em um jantar comentei com um Pr. amigo meu sobre essas "barreiras" que estavam dificultando minha ida até aquele lugar . E me surpreendi quando ele me disse que um vizinho dele dentro de dois dias iria até lá buscar a familia dele e que se eu quizesse ir ele buscaria um meio pra que fosse junto!
No meu secreto, glorifiquei a Deus e cri, já que Ele próprio havia colocado essa viajem em meu coração! Bastava um descanço!
E como o de costume tudo saiu além do esperado! E o sr. Eduardo foi o canal usado!
Ele me pegou na porta da casa em que eu estava hospedado e 10 horas depois, me deixou no local exato onde pretendia ir! Detalhe: sem me cobrar praticamente NADA!

Ali, entendi que havia sim um propósito desse sacrifício!
Que eu não estava orando como convém! Precisava sentir de perto!
Foram três dias de histórias!
E eu, que havia me preparado, estudado assuntos a respeito, com tanto pra dizer, simplismente fui "amordaçado" pelas mãos de Deus!
Ele não queria filosofias, palavras, teorias! Ele apenas queria me mostrar algo! Que meu primeiro ministerio começa em casa, com minha familia, a começar ali, onde mais me dói, no meu sangue! Vi meu chamado sendo colocado à prova!
Ouvi, ouvi e ouvi! E não consegui dizer nada!E quando me vinha a palavra em minha boca, Deus sussurrava em meu ouvido: "Quem convence é o Espírito Santo".

Voltei com um "nó" em minha garganta! Só queria voltar logo! Ficar a sós com Deus e desabafar! E como foi dificil conter as lágrimas!

Peguei um vôo e cheguei no mesmo dia em Goiânia!
E naquela madrugada pude me derramar na presença de Deus, sem palavras, só com minhas lágrimas o invoquei! Foram horas que pareciam minutos! E deixei ali todas as minhas súplicas, meus clamores, minhas dores e intecessões!

Minha vontade era de ir embora, mas havia algumas ministrações em que me comprometi!
E ambas foram uma benção! Liberamos cura, restauração, santificação que começou em nossas vidas e se espalhou como uma fonte a jorrar!
O Senhor queria os meus olhos fitos Nele, em sua provisão, em seu cuidado! Lembrava-me disso: “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre ? Mas, ainda que esta viesse a esquecer-se dele, diz o Senhor – Eu todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas de minhas mãos te gravei...” (Isaías 49.15-16)

E no dia 18, retornei pra Xinguara, tazendo comigo novos propósitos, direções especificas pra esse novo tempo em minha vida e ministério, já que agora, pra glória de Deus, embora não seje casado, fui nomeado líder de casais! Aleluia que pude usar esse dom pra abençoar mesmo em meio ao silêncio!

Agora, é cumprir... Orar, orar e orar! Lembrando sempre que no controle está o Senhor! E Nele está o "sim" e o "amém"!

"Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra." (Jo 19:25)



Em Cristo, Dan Barros