Chegando na Rodoviária, desci do ônibus já com os olhos atentos! Pude ver no reflexo de um espelho um rapaz de boné, que de certa forma parecia com o “cara” das fotos! Mas me pareceu ser branco de mais pra ser meu irmão! Rs. Nesse momento, um sentimento de arrependimento começou a pulsar mais forte em mim! Me sentia inseguro, sozinho, e desprotegido! E antes que isso piorasse, respirei fundo e assim como tudo em minha vida, encarei!
Quando desci olhei de um lado para o outro e graças a Deus alguém me reconheceu primeiro! E ali, materializado em minha frente estava O MEU IRMÃO MAIS VELHO! Não mais ilusões, suposições, pensamentos vagos, ele realmente existia e eu pude abraçá-lo!
Não nos parecemos Muuuito fisicamente, mas dias depois perceberia o quanto somos “gêmeos de espírito” (rsrs).
Junto a ele estava um homem moreno “pequenininho”, de uns 20 metros de alturas! RS. Pastor Severino é o nome da criança! O Leo me apresentou-o como se fosse o seu segurança! RS. Fala sério! Quem tem um segurança grande daqueles num precisa de dois!
Pastor Severino, alem de ser um GRANDE homem de Deus é um cara super culto e me pareceu ser um maravilhoso pai de família! Pude entender dias depois que semelhante ao seu tamanho é a bondade que emana do seu coração!
Colocamos as malas no carro do Pr. Severino e partimos rumo a casa do Leo. Antes paramos em um lugar no centro pra que eles resolvessem umas paradas e enquanto resolviam fiquei ouvindo musicas no Mp3 do Léo! Naquele momento percebi que entre nós dois já havia uma certa intimidade! O meu irmão compartilhara algo comigo, achei muito legal! Demoram um pouco, nada tão insuportável! Seguimos para um supermercado pra que alem de comprar algumas coisinhas, pudesse tirar dinheiro no caixa eletrônico de lá! Ali no mercado eu e o Leo já conversávamos como se já nos conhecesse a anos! Foi hilário! Tiramos sarro um do outro como irmãos comuns fazem!
Partimos então pra casa do Léo, e chegando lá quem vem me receber no portão? O meu lindo sobrinho Théo de 7 anos (o milagre de Deus nas nossas vidas)! Como ele maravilhoso, educadíssimo, meigo, carinhoso, etc, etc e etc! Lembro-me de abraça-lo e dizer: você é lindo! Daí ele me disse “obrigado TIO” abrindo um grande sorriso! TIO? É, ele realmente havia direcionado a mim uma palavra que por anos sonhei em ouvir! Logo após pude avistar um bebê que assim como o irmão era lindo. Yan é o seu nome! Fui abraçá-lo mas ele por não me conhecer num quis saber muito não! Rs! Sua sinceridade foi hilária! Após esse momento “tio de primeira viagem” confesso ter ficado meio sem jeito de entrar na casa já que minha cunhada não saía pra me receber e meu irmão se despedia do Pr. Severino! Logo veio em minha mente o que minhas amigas me disseram antes que eu viajasse: Danillo, geralmente cunhadas são najas! Todas são cobras criadas! Kkk! Pensei, vixe, me ferrei. Criei coragem e entrei na sala! De repente me aparece Joseli, uma mulher que exala bondade até no jeito de falar, quebrando assim todo pré-conceito a seu respeito! Nos cumprimentamos com a Paz do Senhor seguido de um abraço! Aleluuuuia, minha cunhada não me deu uma facada! Kkk!
Após entrarmos, o Pr. Severino se despediu dizendo que queria que ficássemos “sozinhos”, em família. Fiquei meio constrangido com essa atitude, já que o sentia como se fizesse parte da mesma! Mas tudo bem!
Me sentia meio sem jeito, sem lugar, daí minha única atitude foi ir ao quarto e pegar os presentes para abençoar meus amados! Poderia ter esperado um pouco mais, mas presenteá-los era a única coisa que vinha a minha cabeça, talvez até como um refúgio por não ter muito o que fazer ou contar! Tudo que o Léo e sua família precisavam saber a meu respeito já era de conhecimento dos mesmos. Certamente ele não me perguntaria: e aí como estão todos lá em sua casa? Já que nossa família incomum não faz parte do meu rol de convívio! Pena!!!
Então, após a entrega dos presentes, todos 100% felizes, certo? ERRADO! Apesar dos meus sobrinhos terem aparentemente adorado os seus, a Joseli teve que espremer seus pés em duas sandálias tamanho 36 que eu havia levado pra ela, já que seu atento esposo me informou o número errado do seu pé (37, nunca mais esqueço)! Rsrsrs! Fiquei com a “cara rachada” de tanta vergonha! Mas depois entendi que não foi proposital e pude descansei a cabeça!
Não gosto nem de lembrar, mas algo que aconteceu e guardei comigo até hoje foi um fora que eu dei! Hehehe! Tudo por uma diferença de costumes! Rs! Mas vamos lá... Cheguei na casa do Leo por volta das 17:00 horas da tarde e eles ainda não haviam almoçado! Pensei comigo e ate cheguei a comentar com o Léo que não havia necessidade de me esperarem pro almoço até aquela hora e tal! Estava me sentindo importante. Rs. Só que por irmos dormir lá pelas 2 da madruga, acordamos lá pelas 11:00 da manhã! Daí eles foram tomar café naquele horário! Eu rejeitei, já que na minha mente almoçaríamos na hora seguinte! Engano meu! Rs. O almoço foi sair lá pelas 16:00 horas! Kkkk. Isso pra eles eram super normal, mas pra mim que estou habituado a comer sempre nos mesmos horários, quase dei um passante! E o pior é que logo percebi que o almoço novamente sairia tarde, mas fiquei com vergonha de falar que eu estava mesmo era “brocado”. Fala sério!
Ainda naquele dia, fomos dar uma volta pela cidade. Joseli precisava resolver uns probleminhas enquanto eu e Leo prosseguimos o passeio com as crianças! Voltamos e encerramos o dia cantando muito! Pra quem não sabe, meu irmão toca violão super bem e sua esposa canta! Fazíamos i quase todas as noites essas reuniões em família no quarto deles pra que unidade louvássemos ao nosso Deus! Como foi tremendo! Sempre sonhei me reunir como família e adorar, ministrar, orar, cantar, rir, chorar e graças a Deus tudo aconteceu ao seu dia e de forma ímpar! Nunca vou me esquecer!
Na quarta-feira, dia 16, recebi de Deus alguns presentes! E eles possuem vidas e nomes: Fernanda, Laís e Laryssa! Essa a família do Pr. Severino! Eles foram à casa do Leo me conhecer e aproveitar pra comer a salgada feijoada do Léo, rsrs! Na verdade, descreve essa fanília aqui ficaria meio redundante, já que adjetivos suficientes para qualificá-los ainda não foram todos inventados! Mas poderia me atrever a resumi-los em uma só palavra: INTENSOS! Intensos em adorar, intenso em se desprender, intensos em amar a Deus, intensos em se doar, intensos em amar o irmão e enfim, intensos como família! Poucas vezes me senti tão amado e importante pra alguém! Hoje, mesmo sem que eles tenham conhecimento disso, através de suas vidas, minha fé foi dobrada em relação a ter um lar e uma família feliz! Obrigado, Senhor pelo privilégio de conhece-los!
Sexta feira, dia 17, era a nossa vez de retribuirmos a visita à casa do Pr. Severino e sua família. Mas não era uma visita qualquer não! Iríamos ali nos alegrar com a preciosa Fernanda por mais um ano de vida que o Senhor lhe permitiu ter! Foi D+! Na ida aconteceu situações hilárias que prefiro guardar comigo!kkkk!
Éramos poucos mas o amor ali era muuuito! Fizemos homenagens (destaque para o Pr. Severino), rimos bastante, choramos de alegria, comemos muito, e encerramos aquele momento de confraternização com uma doce atmosfera de adoração a Deus! Mais uma vez pude usar o meu talento somado ao talento do meu amado irmão Leonardo! Sem palavras! Foi muito importante pra mim viver tudo isso!
Sábado, aproveitamos o dia ensolarado pra fazermos mais um passeio! Dessa vez, fomos ao Mc Donalds com as crianças! Foi muito divertido! Destaque pra presepada que meu sobrinho menor fez ao se arriscar subir em um brinquedo e não ter coragem de descer de lá, rs! Tadinho, na hora ele chorou muito, mas hoje acho engraçado a cena! Creio que nunca mais ele se atreverá a ir ao bendito brinquedo!
Domigo, dia 19, acordamos mais cedo (alguém acredita? Rs) pra irmos à Porto Feliz, cidade onde Joseli passou boa parte de sua vida! Ali reside seus pais, o sr. (Branco) e a sr. Laudiceia! Pra chegar até lá é uma tarefa árdua! Pegamos um coletivo e paramos em um local onde ficamos horas “plantados” lá esperando um ônibus interurbano que vai pra Porto Feliz. Quase peguei raiz de tanto esperar! Rs.
Ao chegar lá, fui surpreendido com uma cidade antiga, com lindos casarões, ruas de pedras, ladeiras enormes! Descemos em um local bem estratégico, que nos permitiu andar um bom pedaço porém pude conhecer um pouco mais da pacata Porto Feliz! Mal chegamos a casa de Joseli, e antes que eu me apresentasse dignamente ao pai dela eu e o Leo tivemos que sair as pressas atrás de um troco que havia deixado com o cobrador do ônibus! Mais uma vez pude sentir a fidelidade de Deus em nossas vidas pois ao chegarmos na Rodoviária, o ônibus estava quase saído então podemos pegar nosso dinheiro de volta!
Chegando enfim a casa dos pais de Joseli, logo na sala percebi os cuidados em cada detalhe! Uma linda casa e muito aconchegante! Então nos dirigimos para um quarto com cara de sala de vídeo onde dona Laudiciea, mãe de Loseli, passa a maior parte do dia! Ela infelizmente está enferma com câncer no intestino! Ai deitadinha em sua poltrona me recebeu com alegria! Como ela é linda! Seus olhinhos verdes ainda brilhavam com tanta intensidade como me dissessem: eu quero continuar vivendo! Naquele momento confesso ter ficado com um “nó na garganta”. Na verdade um misto de sentimentos! Porém, a simples atitude pra demonstrar minha imensa satisfação em conhece-la, foi beija-la a mão esquerda!
Fomos então pra cozinha onde eu e Joseli prepararíamos um almoço! Cardápio do dia: Lasanha! Mais uma vez me impressionei pela perfeição dos detalhes da cozinha! Cara de casa da vovó, sabe?
Então, demos início a tal Lasanha! Como o pai de Joseli não sabia o que iríamos utilizar de fato, não comprou todos os ingredientes! Porém, modéstia parte ficou uma delicia! Logo após o término do preparo da lasanha, fomos surpreendidos com uma maravilhosa visita: a irmã de Joseli, seu esposo e filha foram nos abençoar com suas agradáveis presenças! Como ela ficou impressionada em como me pareço meu pai! Rs. Formam super agradáveis comigo. Mais uma vez, encerramos aquela reunião em família louvando a Deus e celebrando pela oportunidade de estarmos juntos. Tremendo!
Na verdade fomos todos pra Porto Feliz com o propósito de participarmos de um culto a noite naquela cidade, porém, como os planos no Senhor pra nós não são os nossos, por motivos de força maior fomos obrigados a retornar pra Sorocaba. Nos despedimos com muita emoção daquela família fazendo uma forte oração pela vida da irmã Laudiceia! Novamente pude beija-la a mão e ser ministrado por palavras tão abençoadoras que ela liberou sobre mim! Obrigado Deus por me fazer conhecer pessoas tão fortes e marcantes em minha vida!
Então partimos pra Sorocaba, onde fomos diretos pra igreja onde Leo e sua família congregam!
Logo de cara, recepcionando à porta encontramos Pr. Severino! Ao entrar, puuuuuxaaaaaaa! O clima ali estava mais frio que lá fora! O “trem” tava tão brabo que o Léo ate me cedeu seu blusão! Rs. Sério! Pensei que a calamidade espiritual estava somente por aqui, ou quem sabe, só em minha igreja local! Pude experimentar que não! De certa forma o Léo já havia me alertado em relação ao “povo” de sua igreja, mas confesso ter ficado aterrorizado pela pouca quantidade de pessoas em um culto de domingo, pela tristeza estampada na cara dos ministros de louvor, e pela palavra “sonífera” ministrada pelo pastor presidente! Caracas! Tive que me levantar pra que eu não babasse nas cadeiras (vagas). Lá recebi uma oportunidade de entoar uma canção! Cantamos, apesar de uma grande dificuldade por parte do som!
Ao término do culto, praticamente todos do culto foram pra casa do Léo. Esses todos se resumem a: nossa família, família do Pr. Severino e a família do Pr. Lucio. Confraternizamos e mais uma vez tivemos a oportunidade de sorrirmos muito!
Naquela noite, tive o privilegio de conhecer o Pastor Lucio e sua esposa Regina. Pessoas mais que especiais que tanto tem abençoado a vida do meu irmão e sua família. Sendo assim, já me conquistaram logo no começo! Pr. Lucio me impressionou de como lida com a palavra de Deus! Suas brincadeiras são saídas, fundamentadas na palavra! Irmã Regina é uma graça! Seu jeito meio caipira de falar somada a sua forma de se expressar lhe dão uma característica ímpar!
Comemos bastante! Muitos pães com mortadela defumada, bolachas com requeijão cremoso e de quebra um doce de maçã (que o Léo jurou ser de mamão) feito pela maravilhosa Regina!
Ainda na mesa, meio que forcei a barra pra me entrosar com as filhas do Pr. Severino! Elas são muito massa! E por nossas conversar tomarem uma proporção maior, preferimos nos retirar da mesa e nos assentarmos na sala! E ficamos ali, os três, relatando (mais eu do que elas) sobre experiências de vida afetiva! Aff! Mas foi D+!
Encerramos aquele domingo todos prostrados na sala com muita oração e profecias! Louvado seja Deus por essas maravilhas!
Continua...
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